15 Março 2021 Publicado em Células Escrito por 

A CRISE DA PATERNIDADE

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Textos: Malaquias 4:5-6

INTRODUÇÃO:

A paternidade não começou na terra, começou no céu. Também não começou no tempo ou na história humana, mas na eternidade. Podemos dizer que toda paternidade do universo se deriva de Deus (Tg 1.17). Ele é o Pai da Eternidade (Is 9.6). O reconhecimento da paternidade bíblica é o fim da crise existencial. Porém, o mundo vive uma grande crise de ver Deus como pai porque a imagem do pai terreno vem sendo distorcida. Por exemplo: uma pessoa que foi abusada pelo pai na infância terá dificuldade de chamar Deus de Pai. Importante saber que:

1.  O BOM RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS É O IDEAL BÍBLICO - Ef 6:1-4.

As principais coisas terrenas são uma figura e sombra das coisas celestiais, por exemplo: a casa (Jo 14.1-3); o pai (Hb 12.9; Mt 6.9); a família (Mt 12.46-50; Ef 3.15). Um bom relacionamento entre pais e filhos era o projeto inicial do Criador. João escreve: “No princípio… o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1). Isto foi antes da criação. O Verbo divino, o eterno Filho de Deus, estava com o Pai. A Escritura diz que estava no seio do Pai (Jo 1.18). Este relacionamento íntimo e pessoal entre Deus e o Filho já existia antes da criação e serve de base para nós. A promessa de Malaquias 4.5-6 se cumpriu com a vinda do Espírito Santo que pode reconciliar tanto os filhos aos seus pais terrenos, quanto ao Pai Celestial. Quantas consequências negativas decorrentes da falta de conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais estamos vivenciando em nossos dias!

 2. DE FORMA SUTIL A FIGURA PATERNA VEM SE PERDENDO A CADA GERAÇÃO – Lc 6:36.

Algumas doenças atuais como anorexia, bulimia e dependência química que dizimam as últimas gerações de filhos, podem estar vinculadas diretamente – segundo os últimos estudos da psicologia - ao vazio da figura paterna. Pois estar privado da figura do pai equivale a estar privado da espinha dorsal da família estruturada. Nossa geração, portanto, a geração da emancipação sob todas as formas, é ao mesmo tempo uma geração de filhos sem pai. O pai presente, mas ausente da autoridade bíblica onde não há mais o respeito nem a honra paterna. Por outro lado, os pais ocupados com o ativismo da vida secular negligenciam o afeto a seus filhos. Onde vamos parar se não voltarmos para as Escrituras? Era em nome do pai que se dava a continuidade da história. Vemos a cada dia o enfraquecimento da identidade paterna, lembrando que “identidade” tem a mesma origem da palavra “idem”, ou seja, a figura paterna perde a identidade numa nova geração que não quer ser igual ao pai.

3. A FIGURA DO PAI TERRENO REFLETE NA IMAGEM DO PAI CELESTIAL – Mt 6.26.

A pressão do mundo atual lançando os pais contra os filhos e os filhos contra os pais já fora prevista nas Escrituras. Não podemos concordar com o abuso de poder, mas a crítica à autoridade paterna como opressiva contribui para a desaparição do pai, deixando um vazio existencial na mente e no coração desta geração. Para superar o mal-estar geral de uma cultura que vive em curto circuito com os seus próprios fundamentos, importa resgatar as raízes bíblicas da revelação de Deus como Pai que se manifesta amorosamente no Seu Filho Jesus Cristo. Portanto, os pais cristãos devem mostrar amor, afeto, carinho, atenção e segurança aos filhos, porque a figura do pai terreno reflete na imagem do Pai Celestial. E Ele nos proporciona mais que isso.

CONCLUSÃO

Vamos orar e contribuir para o resgate da identidade paterna em nossos lares, porque o ideal bíblico é um bom relacionamento entre pais e filhos. Deus sendo o Pai Celestial deve ser honrado e amado, e a imagem do pai no lar reflete nessa bênção. Portanto, a figura paterna precisa ser preservada.

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  • Pr Orimar Carneiro

    Pastor no MiR PBS

    MiR Parauapebas

    Website.: twitter.com/orimarcarneiro

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